(ENEM PPL - 2023) Nas Antilhas, o jovem negro que, na escola, no para de repetir nossos pais, os gauleses, identifica-se com o explorador, com o civilizador, com o branco que traz a verdade aos selvagens, uma verdade toda branca. H identificao, isto , o jovem negro adota subjetivamente uma atitude de branco. Ele carrega o heri, que branco, com toda a sua agressividade a qual, nessa idade, assemelha-se estreitamente a uma ddiva: uma ddiva carregada de sadismo. FANON, F. Pele negra, mscaras brancas. Salvador: Edufba, 2008. A reflexo do autor sobre o processo de socializao apresentado no texto expe qual elemento constituidor das relaes sociais?
(ENEM PPL - 2023) TEXTO I Aquarela do Brasil Brasil! Meu Brasil brasileiro Meu mulato inzoneiro Vou cantar-te nos meus versos O Brasil, samba que d Bamboleio, que faz gingar O Brasil, do meu amor Terra de Nosso Senhor Brasil! Pra mim! Pra mim, pra mim BARROSO, A. Rio de Janeiro: Odeon, 1939 (fragmento). TEXTO II Menestrel das Alagoas Quem esse que conhece Alagoas e Gerais E fala a lngua do povo Como ningum fala mais? Quem esse? De quem essa ira santa Essa sade civil Que tocando a ferida Redescobre o Brasil? Quem esse peregrino Que caminha sem parar Quem esse meu poeta Que ningum pode calar? NASCIMENTO, M.; BRANT, F. Milton Nascimento ao vivo. So Paulo: Barclay, 1983 (fragmento). Os trechos pertencem a canes que se tornaram emblemticas, respectivamente, dos seguintes fatos histricos:
(ENEM PPL - 2023) Na medida em que as pesquisas dos africanistas avanaram, muitos mitos caram por terra. Est mais do que provada a existncia de documentao e vestgios arqueolgicos dos mais variados, alm da importncia da oralidade na recuperao da memria dos reinos, das linhagens, dos fundadores das naes africanas. Com efeito, aquelas foram sociedades eminentemente orais, nas quais os dados histricos ocupam uma posio muito mais importante do que consideramos em nossa prpria cultura e sociedade. MACEDO, J. R. Antigas civilizaes africanas: historiografia e evidncias documentais. In: MACEDO, J. R. (Org.). Desvendando a histria da frica. Porto Alegre: UFRGS, 2008 (adaptado). Com vista ao conhecimento da histria das civilizaes africanas, o texto corrobora a importncia de
(ENEM PPL - 2023) TEXTO I Num apagamento histrico Me perguntam como eu cheguei aqui A verdade que eu sempre estive O lugar onde vivo me apaga e me incrimina Me cala e me torna invisvel GUAJAJARA, K. Territrio ancestral. In: Hapohu. S.l.: Sakkara, 2019 (fragmento). TEXTO II A historiografia ocidental estudou a colonizao da Amrica apenas do ponto de vista dos europeus, que deixaram testemunhos escritos presentes na documentao da poca, sobretudo nas crnicas de viagens. A viso baseada na oralidade, em lnguas desconhecidas pelo europeu, no foi incorporada sistematicamente ao estudo dos povos indgenas, considerados povos sem histria. SILVA, A. P. Memria oral e patrimnio indgena no Brasil nas crnicas do sculo XVI. Anpuh: XXV Simpsio Nacional de Histria Fortaleza, 2009 (adaptado). O Texto I aproxima-se do Texto II ao elaborar uma crtica produo historiogrfica ocidental em sua abordagem pautada em